segunda-feira, 11 de abril de 2011

Segue-me

“E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.” (Marcos 10:21 ARA)

Eu, e você também certamente, já ouvi dezenas de mensagens e pregações sobre o texto do jovem rico que desistiu de seguir a Jesus por que Ele pediu que ele abrisse mão de suas riquezas materiais. Mas tem uma pergunta que eu tenho feito sobre este texto. Onde é que o rapaz falou que queria segui-lo? Ele perguntou como fazer para herdar a vida eterna, não para seguir a Jesus. A resposta de Jesus foi clara “só te falta uma coisa”. Não faltavam duas, portanto se livrar dos bens e segui-lo devem ser uma coisa só. Ou isso, ou herdar a vida eterna e andar com Cristo é que são a mesma coisa.
É uma reflexão interessante e não quero desperdiçar a riqueza do texto, a despeito da minha opinião pessoal.
Livrar-se das riquezas deste mundo e seguir a Jesus são uma coisa só, muitos de nós estão no caminho errado. Não por possuírem bens, pois não vejo nada na Bíblia que condene o ser rico em si, mas note que Jesus conhecia o coração deste jovem. As riquezas eram tudo para ele, portanto o Reino de Deus não teria importância. Aquele de nós que se estribar em suas riquezas, seja para ter segurança ou ter poder, não é digno da herança celestial. Seja rico, meu irmão, não tem problema, mas não coloque isso na frente de ser dedicado e separado para Deus.
Se seguir a Jesus e herdar a vida eterna é que for a mesma coisa, muitos de nós estão no caminho errado. O caminho de “aceitar” a Cristo e deixá-lo como salvador passivo, sem permitir que Ele seja Senhor e dono de seu coração, é um caminho enganoso. Ou somos Dele ou não temos nada com Ele. Isso é o que significa “seguir”, que é muito mais do que andar atrás.
De um ou de outro modo, Jesus o amou. Está no texto, não é interpretação. Seguir a lei mosaica foi bom para o jovem, mas insuficiente.
A palavra chave aqui é entrega. Vamos nos entregar.


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“E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão, subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio, diante de Jesus.” (Lucas 5:19 ARA)
Frequentemente escuto que tudo na vida tem limite, embora eu ache este conceito meio polêmico. Quebrar os paradigmas diante de nós é algo que custa um esforço grande, especialmente do nosso ego. Mas para os amigos deste paralítico, parece que este limite virtualmente não existia. O homem estava no leito, precisava ir a Jesus, não tinha como chegar. Vamos por cima.
Fico pensando que cena seria: no meio de um culto de domingo, aquele pregador famoso pregando, quando de repente se escuta um barulho no telhado e uma cama descendo por umas cordas. Primeiro ia ser uma correria para todos os lados possíveis, pois o povo hoje em dia é muito mais apavorado. Já ia pensar em ataque terrorista, bomba, avião caindo, qualquer coisa. Segundo, o pregador ia dar aquela parada estratégia e de duas uma: ou ia continuar como se nada tivesse acontecido ou gritaria “corre pessoal”.
Com Jesus não foi assim. A Bíblia não relata nenhuma histeria, nenhuma confusão, apenas Jesus olhando para o tamanho da fé daquelas pessoas e perdoando o paralítico. O tumulto foi entre os fariseus e escribas, pois Jesus primeiro lhe perdoou os pecados e só depois de argumentar com eles é que o curou. Tudo indica que o culto continuou…
Aliás, apenas a título de curiosidade, o texto diz que o paralítico imediatamente tomou seu leito e foi para casa, nem ficou para o restante do culto. E para completar, não menciona que alguém o tenha censurado.
O foco aqui é simples: seus amigos se esforçaram por ele a ponto de arrebentar um telhado e descê-lo. Você tem amigos assim? Você é um amigo assim? Por que amigos assim são cada vez mais raros?
São tempos difíceis, mas algo pode (e precisa) ser feito enquanto ainda podemos.
“Pai, ensina-me a ser dedicado a meus amigos a ponto de me importar e me esforçar por eles.”
Mário Fernandez